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O PODER EM NOSSAS MÃOS

As estatísticas do Banco Mundial referentes às emissões de CO2 mostram a representatividade de potências mundiais na geração do principal gás de efeito estufa do planeta: a China lidera o ranking de maiores emissores de CO2, com Estados Unidos, Índia e Rússia em segundo, terceiro e quarto lugar, respectivamente. O Brasil aparece em 12º lugar, logo abaixo da Arábia Saudita e da Indonésia. Diante do problema das mudanças climáticas e da emissão de CO2 pela população mundial, a comunidade científica espera que políticas de proteção ambiental sejam consideradas, por empresas, líderes políticos e pela sociedade, como medidas de importância e urgência, determinantes do destino da humanidade.

Thompson avalia que a preocupação de cientistas e climatologistas com as políticas ambientais do governo Trump é correta. “Embora seja claro, para o funcionamento da democracia, que não precisamos todos concordar uns com os outros, na ciência os fatos importam, e a mudança climática é conduzida pela química e física, não se importando, então, com o que qualquer um de nós acredita”, pondera o pesquisador, que destaca a importância de ações dentro das próprias universidades em prol da proteção ambiental. “Acredito que as universidades possam – e devam – ser líderes nessa área. Tenho orgulho do fato de a Universidade Estadual de Ohio [onde leciona], uma das maiores universidades públicas dos Estados Unidos, conseguir agora 21% de sua eletricidade da energia eólica, aquecer e esfriar alguns dos dormitórios com fontes geotermais, ter 19 edifícios certificados pelo LEED [Leadership in Energy and Environmental Design, certificação estadunidense para construções sustentáveis] e ter um número cada vez maior de estações de carregamento para carros elétricos”, comenta Thompson.

 

E o que poderia ser feito por nós, cidadãos, em nosso cotidiano, para minimizar os efeitos do aquecimento global em nossa comunidade local e, consequentemente, em todo o planeta? “Podemos adquirir carros elétricos e híbridos, apoiar as indústrias alternativas de energia ‘verde’ por meio do que compramos, apoiar ações de construção de cidades mais compactas, sistemas de Veículo Leve Sobre Trilhos [sistema de trens que geram menor poluição atmosférica e sonora] e obras com maior eficiência energética”, elenca Thompson. “Pequenas coisas – como o uso de luz LED –, quando feitas em larga escala por indivíduos, salvam quantidades imensas de energia globalmente”, acrescenta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O “efeito borboleta” da popular teoria do caos, portanto, pode funcionar a nosso favor. Inclusive na política. “Felizmente, eleições acontecem a cada dois ou quatro anos e todos nós temos a chance de mudar as lideranças”, ressalta Thompson. “Como indivíduos, nosso maior poder está na maneira como escolhemos gastar nosso dinheiro e como escolhemos votar”, conclui.

Na guerra fria entre os humanos e o planeta, o destino é incerto: talvez a população mundial continue o confronto, priorizando a destruição em massa dos recursos naturais; ou, talvez, haja trégua mediante um acordo coletivo de proteção ambiental e pacificação com a biosfera. De qualquer maneira, os estudos realizados ao longo dos anos mostram que o planeta não pode esperar pelo desfecho dessa disputa.

Crédito: Reprodução/NASA

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